sábado, 5 de junho de 2010

Editorial Loucura Branca


RELEASE

Um delito impune. Um desvio aceitável. Um lapso esquecido de lucidez. A Loucura Branca é aquele tipo de loucura ‘permitida’. Não declarada. Deliciosamente ilícita. Mas, ainda sim, uma arma. Que fere e mata. Que causa dor.
Ela revela-se quando se está só consigo mesmo. Na fragilidade do ser diante da própria imagem despida de máscaras do alheio. Quando se olha no espelho e nada além de si tem importância maior do que viver intensamente essa presença arquetipicamente perfeita.
A loucura branca é o crime que todos cometemos literalmente diante do espelho. É o pecado irresistível da máxima narcísica.
Torna-se nociva quando se busca o espelho no outro. Vitimados, perseguidos. Pobres, jamais conseguirão ser o si. Pois ela é uma sede que nunca sacia-se.
Cuidado, ‘permita-se’.



 










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