Fundador e figura de destaque do Movimento da Secessão de Viena. Um dos poucos capazes de unir arte, reforma e moda na ‘tríplice unidade’ e atingir a opnião pública.
Se vestia de forma incomum, com uma túnica até o tornozelo feita por ele mesmo, que funcionava como símbolo de uma vida simples e natural. O que o levava a praticar esportes, era conhecido como “o atleta”
Passou a vida entre cobiçadas prostitutas e mulheres distintas da alta sociedade.
Uma delas, Emilie Flögue, dona da boutique mais elegante de Viena, redecorada pela oficina Vienense com formas geométricas e cores preto, cinza e branco. As clientes que freqüentavam a boutique eram vestidas por Flöge e pintadas por Klimt. O que, na virada do século, o levou ao título de Estilista, junto a Emilie. Organizou a primeira sessão de fotos ao ar livre para uma catálogo de moda direcionado às clientes da boutique de Emilie e para divulgação em publicações especializadas, o qual ela mesma foi a modelo. Suas criações eram direcionadas ao público feminino, pois para ele, o erotismo e tudo no mundo se encontravam na silhueta feminina. Porém, com o demasiado uso de adornos, suas criações eram usadas por suas modelos apenas em suas telas e nunca na vida real.
Foto: wasserschlangen
“Klimt é um criador único, que inventa o conteúdo de seus sonhos, realiza combinações encantadoras de elementos inesperados, agradáveis aos olhos e antes inimagináveis. Eis sua fantasia: revolver-se entre pedras preciosas e inexistentes, entre o brilho, as cintilações e os esplendores intocáveis. O impalpável e puro prazer dos olhos, o reencantamento da alma que vivia nos corpos, nos tempos gloriosos de outrora”.
Ludwig Hevesi
The Tree of Life
O SOUTIEN
O sutiã surgiu no início do século XX, com o fim da era dos espartilhos. Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres precisaram ir às ruas para trabalhar. O trabalho operário exigia espartilhos menores, mais confortáveis e simples. Além disso, acontecia a contenção de despesas. A burguesia não contava mais com criados, o que fez com que as damas optassem por modelos de corpetes mais simples e fáceis de vestir. Cintas começaram a ser usadas porque eram mais confortáveis, porém não davam sustentação aos seios. A francesa Herminie Cadolle, em 1889, já tinha inventado o primeiro modelo de sutiã, feito de algodão e seda, que permitia às mulheres um descanso dos espartilhos. Mais tarde, a norte-americana Mary Phelps Jacob, conhecida como Caresse Crosby, inventou um tipo diferente de sutiã, mais macio, curto e que conseguia separar os seios perfeitamente. Com a ajuda de sua empregada francesa, ela desenvolveu um modelo feito com lenços e fitas, que fez muito sucesso entre suas amigas. Após obter patente do seu invento, em 1914, resolveu comercializa-lo. Sem muito sucesso nas vendas, vendeu a patente aos irmãos Warner algum tempo depois.
Nas décadas de 20 e 30, quando os modelos de sutiãs achatavam o busto, surgiram as peças com armação e bojo, que passaram a valorizá-lo. A atriz Mãe West foi o principal símbolo dessa valorização. Foram criados vários modelos que torneavam os seios deixando-os pontudos, e que pelo grande número de vendas, chegou ao auge na década de 50. Também foi possível a criação de modelos mais leves após a Segunda Guerra Mundial, quando o náilon, produzido a partir de 1935, começou a ser utilizado na produção de lingerie.
Nos anos 60, sugiram os modelos mais delicados, voltados para o público jovem, e as alças elásticas e reguláveis, que davam maior conforto. Nesta mesma década, durante uma revolta feminista nos EUA, as mulheres queimaram essas peças que diziam ser o símbolo da opressão masculina. A moda passou a ser seios pequenos, sutiãs leves e transparentes, dando a impressão de nudez.
Com o desenvolvimento de vários outros tipos de tecidos, a indústria de lingerie é revolucionada com a nova tecnologia nos anos 80. Esse avanço tecnológico permite a criação de vários modelos que começam a serem usados também como roupa de sair. Essa mudança é favorecida pelo surgimento de novas cores e estampas e de tecidos, como a renda e o algodão elástico, lycra, microfibras, entre outros. Assim, pode-se, hoje, modelar os seios como queira, levantando, aproximando ou separando-os.
O sutiã surgiu no início do século XX, com o fim da era dos espartilhos. Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres precisaram ir às ruas para trabalhar. O trabalho operário exigia espartilhos menores, mais confortáveis e simples. Além disso, acontecia a contenção de despesas. A burguesia não contava mais com criados, o que fez com que as damas optassem por modelos de corpetes mais simples e fáceis de vestir. Cintas começaram a ser usadas porque eram mais confortáveis, porém não davam sustentação aos seios. A francesa Herminie Cadolle, em 1889, já tinha inventado o primeiro modelo de sutiã, feito de algodão e seda, que permitia às mulheres um descanso dos espartilhos. Mais tarde, a norte-americana Mary Phelps Jacob, conhecida como Caresse Crosby, inventou um tipo diferente de sutiã, mais macio, curto e que conseguia separar os seios perfeitamente. Com a ajuda de sua empregada francesa, ela desenvolveu um modelo feito com lenços e fitas, que fez muito sucesso entre suas amigas. Após obter patente do seu invento, em 1914, resolveu comercializa-lo. Sem muito sucesso nas vendas, vendeu a patente aos irmãos Warner algum tempo depois.
Nas décadas de 20 e 30, quando os modelos de sutiãs achatavam o busto, surgiram as peças com armação e bojo, que passaram a valorizá-lo. A atriz Mãe West foi o principal símbolo dessa valorização. Foram criados vários modelos que torneavam os seios deixando-os pontudos, e que pelo grande número de vendas, chegou ao auge na década de 50. Também foi possível a criação de modelos mais leves após a Segunda Guerra Mundial, quando o náilon, produzido a partir de 1935, começou a ser utilizado na produção de lingerie.
Nos anos 60, sugiram os modelos mais delicados, voltados para o público jovem, e as alças elásticas e reguláveis, que davam maior conforto. Nesta mesma década, durante uma revolta feminista nos EUA, as mulheres queimaram essas peças que diziam ser o símbolo da opressão masculina. A moda passou a ser seios pequenos, sutiãs leves e transparentes, dando a impressão de nudez.
Com o desenvolvimento de vários outros tipos de tecidos, a indústria de lingerie é revolucionada com a nova tecnologia nos anos 80. Esse avanço tecnológico permite a criação de vários modelos que começam a serem usados também como roupa de sair. Essa mudança é favorecida pelo surgimento de novas cores e estampas e de tecidos, como a renda e o algodão elástico, lycra, microfibras, entre outros. Assim, pode-se, hoje, modelar os seios como queira, levantando, aproximando ou separando-os.
Foto: Desfile Jean Paul Gautier em 1992
Nossa Exposição
Com a proposta, ajuda e acessoria da professora de criação, Andrea Barbosa, conseguimos unir o Soutien à Klimt.
A experiência resultante de um grande trabalho de equipe foi interessante e rendeu um ótimo resultado.
Levando em consideração todos os elementos simbólicos que compõem a sua obra, não precisamos nos esforçar para observar que ele exaltava a feminilidade através dos seios. E que o soutien, que está "quase centenário", é exatamente a peça de vestuário que compõe o traje de roupa do principal elemento explorado do artista em sua trajetória de vida e arte.
Isso foi coincidência ou proposital?
Uniu-se assim, a arte lúdica de Klimt ao Design de Moda.
Foram criadas 12 peças conceituais inpiradas nas intervenções artísitcas de Klimt, alguns em uma obra específica e a maioria como um todo do seu estilo geométrico, simbolista e cheio de excessos de ornamentos presentes na sua pintura.
Um prato cheio para a criação de moda!
Não deixando de mencionar ainda a importância para a Moda que Klimt representa, com suas idéias revolucionárias e criação de estampas maravilhosas e já com adornos agregados que mais parecem com elementos de customização atuais (na minha opnião!).
Foto: fundo do nosso banner, que foi diagramado com muito carinho e sentindo o peso da responsabilidade de representar um dos meus artistas mais queridos e admirados até o meu presente pequeno instante conhecimento de arte. Foram usados fragmentos 'bitmapados' dos quadros de Adele Bloch, The Three, wasserschlangen (aqui ilustrados), O Beijo (clichê esteticamente necessário), uma parece de pastilhas plásticas inspirada nele, um varal de pegador e um soutien, claro! =)
Nossa peça é inspirada na fase dourada e na fase erótica da vida de Klimt. Os arames deixam lacunas de nudez no corpo. Os pingentes de moeda antigas, representam as formas geométricas e a riqueza das mulheres da alta sociedade pintadas por Klimt. A forma espiralada, usada por ele, em que estão dispostos as fitas e os arames, nos remete ao conflito entre o real e o irreal, deixando o sutiã com o caráter abstrato e sensual dos seus quadros.
Daniella Gonçalves & Thatianne Ferreira
Texto e pesquisas baseadas no conteúdo programático dado em sala de aula pela professora Andrea Barbosa, a quem também agradeço o meu enriquecimento intelectual, profissional, criativo e pessoal.
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