A exposição é a continuidade do projeto idealizado no Rio de Janeiro que originou um debate no auditório da Livraria Cultura acontecido em Maio deste ano. Onde estiveram presentes artistas, designers, arquitetos, e fotógrafos que reuniram um grande acervo sobre o tema.
São diversas obras que demonstram a identidade cultural, criativa, alegre e única de um universo que se encontra às margens da sociedade e dos grandes centros do país.
A exposição funciona como instrumento de mobilização e soa como um grito de mudança de perspectivas outrora consolidadas.
Antes, a vida das pessoas nos subúrbios era de luta por sobrevivência num mundo cruel repleto de miséria e violência, esquecido pelas autoridades governamentais e desprovido de recursos básicos de higiene e saúde. Hoje, apesar de não ter mudado muita coisa, é cada vez mais visível a transcrição dessas características dos subúrbios por intermédio do poder de resistência, da força de vontade e da coragem de seguir adiante enfrentando as dificuldades e vencendo os desafios no processo de inclusão social e cultural através da arte, da música e comportamentos em geral.
Depois do Movimento Mangue Beat, a sociedade voltou os olhos para o subúrbio com curiosidade, tentando entender que tipo de arte brasileira seria essa, tão repleta de personalidade e atitude que fazia sucesso na Europa e Estados Unidos e que havia passado despercebida pela mídia nacional.
Se era real, como isso seria possível?
Mas até onde vão as fronteiras e os limites entre os centros e a periferia?
Será que existem limites para a produção artística?
O fato é que Recife mais uma vez se firma como pólo multicultural de manifestações artísticas com a irreverência e o inconformismo intelectual de sempre.
Segundo o Mundo Livre S.A., você não deve esperar nada do centro se a periferia estiver morta. Uma verdade confirmada, pois no Recife, o centro está povoado da periferia. Nos comércios ambulantes, nas calçadas, nas caras, no ritmo frenético das vozes e buzinas misturadas num trânsito confuso e atrapalhado por veículos, pedestres, bicicletas e catadores de lixo com suas carroças tão grandes quanto invisíveis mas que ajudam a compor a paisagem da nossa cidade. Quem vive esse cotidiano provavelmente acredita e concorda que Recife é mais periférico que “central”. Principalmente sob a ótica que periferia é sinônimo de local de pobreza e baixa renda.
Os reflexos disso estão a nossa volta, no rádio, na televisão e uma síntese disso tudo está à mostra na exposição. Os costumes, a moda, as artes, a poesia, a música tão irreverentes quanto autênticos e especialmente dinâmicos e coloridos.
As descobertas que podemos fazer através do resgate dessas informações podem nos revelar instantes do cotidiano, relações sociais e técnicas construtivas e de produção de arte contemporânea. Somente com este contato vamos formando uma identidade visual que nos possibilita entender e compreender tudo o que nos cerca.
é do cotidiano que surgem as idéias...
nos becos de grades surgem as inspirações
cultura contraditória - inglêsXnordestinês
outros dois extremos possivelmente alcançáveis e táteis entre si
outros dois extremos possivelmente alcançáveis e táteis entre si
crenças + crenças
crenças + futebol (em cima tinha um monte de bandeirinhas vermelho-preta-branca)
todas se somam e se misturam
dentro da sabedoria popular
tem todo remédio que você precisar
proteja-os ô pai
... ... ...
amo essa foto!
o colorido, o conceito, as luzes, as peças, tudo!
panorama
todos acham bonitinho...
amo essa foto!
o colorido, o conceito, as luzes, as peças, tudo!
panorama
todos acham bonitinho...
perfeitinho...
legalzinho...
mas será que ninguém lembra da realidade que representa?
fico preocupada...
e a arte inspira as crianças...
mas será que ninguém lembra da realidade que representa?
fico preocupada...
e a arte inspira as crianças...
também, com uma parede dessa...
eu quero!!
eu quero!!
e essa parede fofa? dá vontade de deitar nela...
essa exposição de arte tá até requintada..."
pois é produto reciclado! observe as pecinhas de tomada e os canudos de jornal...
pois é produto reciclado! observe as pecinhas de tomada e os canudos de jornal...
o que pra alguns é lixo, pra outros é de onde se tira com criatividade o sustento da família.
por que a beleza e austeridade dos produtos manufaturados podem estar e vim de qualquer lugar. basta que se tenha oportunidade e ferramentas para transformar o lixo em luxo.
e as pessoas precisam mudar seus conceitos!...
por que a beleza e austeridade dos produtos manufaturados podem estar e vim de qualquer lugar. basta que se tenha oportunidade e ferramentas para transformar o lixo em luxo.
e as pessoas precisam mudar seus conceitos!...
(resposta a uma perua que pousava de culta!! hehehe)
reprodução da escadaria do alto nossa srª da conceição.
pelo projeto altas artes da prefeitura do recife
reprodução da escadaria do alto nossa srª da conceição.
pelo projeto altas artes da prefeitura do recife
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